O 31 de janeiro de 1891
Na segunda metade do século XIX, surgiu o mapa cor-de-rosa,
mas os ingleses não o aceitaram e declararam um ultimato a Portugal. O rei D.
Carlos aceitou, deixando os portugueses descontentes. O Partido Republicano
aproveitou a situação e, no dia 31 de janeiro de 1891 fazem uma revolução, no
Porto.
Na madrugada desse dia, os sargentos que faziam parte da
conspiração chamaram os soldados e deram-lhes ordem de marcha.
As tropas sublevadas incluíam cerca de 800 soldados e
sargentos. Quanto a oficiais, só aderiram três: o capitão Leitão o tenente
Coelho e o alferes Malheiro.
Marcharam em direção à praça da Batalha ao som de A Portuguesa. Os moradores dos prédios
acorreram à janela a festejar e muitas famílias ricas mandaram as suas criadas
servir o pequeno-almoço aos soldados. A revolução parecia vitoriosa.
O advogado Alves da Veiga apareceu à janela da câmara
municipal e gritou ao povo que a Monarquia tinha acabado e Portugal era agora
uma República. Anunciou também de imediato quem seriam os ministros – todos
eles homens famosos do Porto.
Esta atitude revelou-se bastante precipitada. Os
revolucionários não estavam convenientemente organizados, não tinham assegurado
os apoios necessários dentro e fora da cidade e não tinham tomado as precauções
indispensáveis para enfrentar uma possível resistência.
Mal se proclamara a República, já lá vinham as tropas
monárquicas defender o rei.
Houve tiroteio e muitos revolucionários fugiram. O alferes
Malheiro ainda se refugiou na câmara municipal com um grupo de soldados. Foram presos
ao fim de hora e meia. Esta revolta fracassou mas as sementes republicanas
estavam lançadas.